quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O que fazer quando em confusão?

Para tudo! Vamos começar de novo. Qual é a confusão? O que não está claro? Está tudo bem em estar confuso ou confusa? Que tal respirar, respirar, mais calmamente, respirar mais uma vez e olhar para si, e poder dizer estou em confusão, e tudo bem, continuo respirando, e quero olhar para isso e tudo bem. Vamos lá! A vida está acontecendo aqui e agora, enquanto a gente respira e lê esse texto. Então vamos seguir. Para tudo! Quando digo "para tudo", quero dizer, para com todo o ruído nesse instante, o ruído que está vindo de sua própria mente. Pensou que era para pedir ao vizinho para desligar seu som? Ou propor uma lei para fabricar carros sem buzinas? Ou simplesmente colocar seu celular no silencioso? Vamos começar de novo e de novo e de novo, e está tudo bem. Respirando.




A confusão é característica do momento em que um conflito interno está sendo revelado. Vou me referir à confusão aqui como uma oportunidade de olhar um pouquinho mais para dentro. Normalmente rejeitamos o sentimento de confusão. O estado lembra impotência, falta de controle, desordem, inadequação. Como não gostamos de nos sentir assim, tendemos a rejeitar a confusão, antes até da permissão interna de sentir o que está sentindo. Ampliamos a luta interna na rejeição ao estado momentâneo que se apresenta na fração de tempo, aqui e agora. Por isso o primeiro passo proposto é respirar calmamente o momento. Quando respiramos abrimos espaço internamente para um relaxamento e aceitação do que está acontecendo, sem luta.




E então, qual é a luta? O que você gostaria que fosse diferente em sua vida? O que você considera que está errado? O que está fora do lugar? Contra o que você se revolta? Liste tudo o que lhe incomoda e que você gostaria que fosse diferente.
Então mesmo que faça parte da sua lista questões como as intolerâncias de forma geral, as guerras, as injustiças, a falta do amor entre os homens, de qualquer forma quando nossa atitude é de "não aceitação do que é - do que existe, mesmo que temporariamente", há uma permissão para a desordem interna e para a confusão. As lutas externas refletem as internas e a recíproca também é verdadeira. Claro que abordo nesse instante aspectos gerais da questão, de algo que é preciso ser investigado individualmente e é excelente quando realizamos essa tarefa em grupos de estudo. Enriquece muito o debate.




Se pensarmos na vida como uma caminhada e os momentos de confusão como aqueles em que aparece uma neblina, e sua visão se torna turva e difusa e você deixa de enxergar suas reais possibilidades de direção, a proposta aqui é antes de rejeitar essa nova paisagem que surgiu em sua frente, se aquietar e respirar o instante de parada e reflexão a que ela te convida. No instante em que você faz isso a atmosfera ao seu redor já suaviza e a direção a seguir vai tomando forma. Quando a gente escolhe uma direção a partir do ponto de aceitação da realidade temporária, essa escolha é mais consciente. Quando a gente escolhe uma direção no desespero de não querer enfrentar a neblina e a obscuridade que se apresentou, nossa atitude diante da escolha já compromete o resultado a ser obtido. E seja o que for, sempre é tempo de respirar e começar de novo. Esteja em que ponto estiver de sua jornada, é sempre tempo de uma parada, uma reflexão e um novo passo e de um passo realmente novo. O sol a cada dia nos oferece uma nova chance de aquecer nossa alma com seu calor.



Imagens do Google