sexta-feira, 28 de junho de 2013

A alma clama!

Há momentos em que estou bem identificada com meu eu rebelde, intempestivo, que está insatisfeito e clama por mudança. Os manifestos dos concidadãos nas ruas do país, durante esse mês de junho, revelaram mais agudamente essa tendência em mim também. Como trabalho com foco no individual para buscar a compreensão da minha tarefa no coletivo, procurei esclarecimento em textos do Pathwork e me senti atendida na palestra Pw 145, segue.






" O Self Universal frequentemente contradiz regras externas que provém do ego-self da humanidade. Portanto, não importa o quanto as pessoas se rebelem contra o conformismo e as leis sociais, eles ainda se encontram confinados no interior do ego-self, profundamente imersos no seu conflito dualista entre o conformismo e a submissão que ele requer, e a rebelião e o desafio." (Pw 145)


Entendi que abrigo esse conflito em mim, quando entendo que só há essas duas formas de atitude... ou me submeto ou me rebelo. Continuo aqui me sentindo confinada, já que estou presa a apenas duas alternativas. Na verdade as duas atitudes podem estar à serviço da "verdadeira mudança" ou da manutenção da "falsa ordem". Quando estou identificada com a rebeldia posso então investigar de onde ela vem, qual sua intenção, o que diz da minha realidade interna projetada na externa.





"A Verdadeira emancipação das regras externas do ego não exige nem conformismo, nem rebelião. Ela age sobre valores internos que podem ou não coincidir com os ditames da sociedade. Em nenhum desses casos a pessoa que usa valores internos vai ser prejudicada. Ela vai tornar-se mais íntegra, mesmo que esteja passando por um tumulto temporário." (Pw 145)


Através desse trecho entendo que quando me movo livremente, atendendo ao anseio do Self Universal em mim não me preocupo em estar de acordo ou não com as limitações do meu ego, ou do ego da sociedade, pois os valores que estão dirigindo as ações são valores de união e cooperação, e o resultado inevitável é a integridade do ser.





"A chave não está tão escondida, como possa parecer. Basta perguntar se você está motivado pelo amor e pela verdade e se fez um compromisso integral com um curso de honestidade e integridade nesta questão específica, sem se importar com a opinião pública". (Pw 145)




Trechos da Pw 145
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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Lei da responsabilidade pessoal




"Este é o principal elemento deste ensinamento. É o elemento fundamental que orienta o Pathwork. A primeira vista isto é às vezes difícil de aceitar. A aceitação da Lei da Responsabilidade Pessoal varre do mapa a autopiedade, a resignação, a aceitação passiva, os ressentimentos latentes contra as injustiças da vida e o famoso jogo masoquista de repisar a "queixa contra a vida"."


Só podemos vivenciar a verdade dessas palavras com a disposição para crescer e tomar posse da nossa natureza intrínseca de nos perceber criadores, tanto quanto criaturas.




"Esta Lei, porém, aparentemente tão dura, é a mais esperançosa, encorajadora, libertadora e fortalecedora de todas as verdades. Ela torna o indivíduo capaz de resolver qualquer problema que ele possa ter. Ela abre a vida com todas as suas ricas possibilidades . Ela o leva a ver as coisas sob a sua verdadeira luz e, por mais desconfortável que possa parecer à primeira vista, deixa-o por fim com muito mais respeito próprio, integridade e esperança do que a resignação às circunstâncias que se espera que a vida traga sem que o indivíduo aja."


Por que aparentemente a lei é dura? Por normalmente resistirmos a nos responsabilizar pelas insatisfações na nossa vida. De fato criamos sempre, mas nem sempre criamos de acordo com o que desejamos conscientemente e tendemos, então a atribuir as circunstâncias desagradáveis a qualquer outro, menos a nós mesmos. No entanto, quando nos abrimos a essa possibilidade começamos a reconhecer a ligação entre determinadas atitudes, pensamentos e sentimentos que abrigamos e a manifestação das "tais circunstâncias desagradáveis" e dessas constatações cada vez mais frequentes, liberamos novas forças presentes na Verdade da Criação.




"A Lei da Responsabilidade Pessoal é o princípio orientador na busca pela raiz das obstruções de uma pessoa. Pela contemplação da própria vida, especialmente da realização ou sua ausência, o indivíduo pode considerá-la como um plano imediato que delineia as áreas onde deve existir uma atitude interna correspondente responsável por uma outra."


É efetivamente libertador o reconhecimento dos diversos elos da vida, até dos aparentemente desagradáveis de se constatar. Abraço.





Trechos da palestra PW 171
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domingo, 16 de junho de 2013

O crescimento espiritual é orgânico, você confia?




"O crescimento é um movimento criativo construtivo. As energias são liberadas a cada fase de crescimento. Quando há interrupção ou resistência a esse movimento, crises são geradas como forma de desobstrução ao processo."


Aqui o Pathwork se refere ao crescimento de forma geral. O crescimento espiritual que podemos constatar através dos crescimentos físicos, emocionais, psicológicos. É uma proposta libertadora encarar as crises pessoais ou coletivas, como formas de desobstrução desse processo organicamente saudável que é o crescimento.




“Sempre que a consciência está aberta, está com a verdade, é positiva, está de acordo com a lei divina, as energias se movem natural e harmoniosamente. Sempre que a consciência é contrária à verdade, à realidade divina, as energias são invertidas e nesse ponto se voltam, aparentemente contra o próprio eu.” 


Ou seja, em última análise, quando o eu está sofrendo mal estar, pode procurar e investigar: onde está a verdade? Em que ponto ou de que jeito estou me negando ao processo orgânico de crescimento? De que forma posso estar aprisionando o mover natural das energias? Qual o medo do momento?





“Esse é um processo que abarca todos os seres, toda a criação. O que se aplica à entidade individual aplica-se da mesma forma ao planeta. Já disse muitas vezes que o planeta Terra é uma entidade e que as mesmas leis de crescimento, os mesmos estágios e fases e períodos de desenvolvimento se aplicam ao planeta e ao indivíduo.”





“Vocês precisam adquirir a força de caráter para resistir à tentação, antes de poderem perceber que nada é sacrificado ao crescer, porque o interesse real de vocês jamais pode ser diferente do interesse dos outros.”


Estar em verdade, ser honesto consigo mesmo exige uma certa dose de coragem e força de caráter. Se pensarmos em nosso crescimento da fase infantil para a adulta, em termos de crescimento físico, psicológico e emocional, muitas vezes podemos perceber que na juventude, período de transição, podemos acreditar que crescer é sacrificante pois exige abrir mão de ser cuidado como em criança éramos. No entanto, o crescimento é libertador e o jovem também anseia por isso. Estar compromissado com a vida não é sacrifício algum, até porque quando nos comprometemos, com o máximo da nossa responsabilidade, nos sentimos livres para atender nossas necessidades legítimas, que nunca estão conflitantes com os interesses dos outros, pelo contrário, estão a favor e em harmonia. Pois, o crescimento da humanidade segue os mesmo princípios e direcionamento das energias orgânicas desse processo. Que possamos confiar mais a cada dia em nosso crescimento espiritual, enquanto humanidade. Abraço.



Trechos da Pw 227 - Pathwork
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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Limpeza e alimento para a alma



“Limpem a alma como vocês limpam o corpo. E isso deve ser feito todos os dias. Todos os dias recapitulem o dia que passou e examinem suas reações aos diversos episódios ocorridos naquele dia. Esta é a única forma de limpar o espírito, a alma. Somente assim vocês ficarão abertos e receptivos ao alimento adequado, para poderem crescer espiritualmente todos os dias. Com essa atitude, nada que acontecer poderá deprimi-los.”


Com essa frase entendo que o Pathwork nos orienta primeiro a nos esvaziar dos excessos, do que não nos serve, dos dejetos diários para estarmos abertos ao alimento que efetivamente há de nutrir nossa alma. Em que consiste a limpeza? Todo dia recebemos estímulos de circunstâncias externas às quais respondemos com pensamentos, sentimentos/emoções e ações. A proposta é que estejamos conscientes de como reagimos às situações que nos causam algum desconforto emocional. Os desconfortos emocionais, quaisquer que sejam, servem como sinal de impureza. E a impureza é a oportunidade de aprendizado da alma. Então, a orientação é olhar com otimismo para as próprias falhas, os sentimentos desagradáveis, os pensamentos mesquinhos e as situações desarmônicas e perguntar: O que é mesmo que preciso aprender com isso? Qual o significado disso?




Ao olharmos para cada situação com essa perspectiva, estamos abrindo espaço para o que acontece, sem exigências e expectativas e sim em uma atitude de curiosidade e interesse para com a vida do jeito que ela se apresenta. Essa escolha promove o espaço necessário para que possamos receber o alimento adequado à nossa alma naquele exato momento. As frustrações do dia a dia nos movem a procurar superação para nossas insatisfações, caso estejamos dispostos a procurar qual é a real necessidade da alma que não está sendo atendida, então torna-se mais fácil ir atrás do alimento específico. Então o Pathwork recomenda leituras, palestras e conversas, preces e meditação como forma de buscar deliberadamente o alimento espiritual.


“Portanto a nutrição espiritual é de um lado, ouvir palestras, ler a literatura adequada e também conversar com pessoas que sabem mais do que você. E, por outro lado, a nutrição espiritual é a prece e a meditação da maneira correta. Também nesse caso é preciso lutar consigo mesmo para vencer a resistência.”





A força vital está disponível, basta que nossa intenção seja sincera e honesta e de acordo com as Leis Divinas.


“Quando vocês mobilizam a sua força de vontade, para usá-la acima de tudo de acordo com a vontade de Deus, vocês ficam com a combinação certa de atividade e passividade, de iniciativa e desprendimento. Sempre que é correto usarem de força para lutar, para superar, para serem ativos, vocês terão força suficiente para fazê-lo. Vocês terão o apoio do mundo dos espíritos de Deus para ajudá-los.”




Trechos da Pw 016 - Pathwork
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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Vitorioso X Fracassado




Hoje trago uma reflexão a respeito da atitude em relação à vida de vencer ou fracassar. O Pathwork aborda esse tema de uma perspectiva de luta interna inconsciente entre a divisão provocada pelo desvio desses conceitos em nós. De acordo com esse conceito, ser um vitorioso significa ser implacável, egoísta, passar por cima dos outros, levar a melhor sobre eles, menosprezá-los. Não há espaço para consideração, gentileza, simpatia. Se essas emoções forem permitidas, o temido resultado é tornar-se um fracassado. Supõe-se que ser um fracassado significa altruísmo, sacrifício, bondade, gentileza, consideração. Os dois lados contêm o mesmo equívoco. Cada um teme as consequências do outro lado de sua escolha. Ambas terminam com resultados idênticos de solidão, ressentimento, auto-piedade, desprezo por si mesmo e frustração. O prejuízo está na própria luta do estado da dualidade.




Vitorioso
Fracassado

Dom


Vontade do eu

Entrega às forças universais

Energia distorcida

Excesso de atividade
Excesso de passividade
Características de apresentação / Imagem

Implacável, egoísta, menospreza o outro. Confia na realização.
Altruísta, gentil, considera o outro, permissivo. Inseguro na realização.

Tem medo de
Sentir, ser afetivo, se ver fraco e dependente.
Seus impulsos egoístas, seus ressentimentos e sua agressividade.

Pseudo-solução

Distorção do poder
Distorção do amor
O que sacrifica

Sua respeitabilidade
Sua realização
Estereótipo

O cruel
O Bobo (tonto)
Clima geral em relação à vida
“Para não ser um fracassado, tenho que ser duro com os outros e desconsidera-los.”
“Não posso ter tudo o que quero, tenho que aceitar o que tenho, sou um fracassado.”



"Ficar frente a frente com esse clima, essa expectativa interior da vida é um passo da maior importância na evolução de uma pessoa. O resultado dessa transição é renunciar a essa escolha limitada. Significa conhecer a verdade de que uma coisa não exclui a outra, de que tanto o amor quanto a auto-afirmação são possíveis e interdependentes."






"Para concretizar essa integração, transcender a limitação do ou/ou, é importante entender e expressar o equilíbrio adequado entre o eu e os poderes universais, constantemente em ação em qualquer processo criativo. É necessário haver compromisso total e irrestrito."

Para entender o equilíbrio adequado é necessário entender a função de ambos:

1 – Função do eu: querer o que é direito e construtivo (é preciso trazer à consciência o medo do resultado desejado com todas as suas dúvidas inconscientes, reservas, limitações e desejos opostos).
2 – Função dos poderes universais: ordenar a auto-regulação e responder à direção fixada pela consciência.





“Na medida em que a verdade é encarada e entendida, vocês passam a ser criadores de sua própria vida, e assim dão prosseguimento ao processo criativo do universo. Não há limite para até onde vocês podem ir na expressão da beleza, sabedoria, felicidade, realização, produtividade – para vocês e para os outros. Na medida em que vocês se livram desses conceitos ou/ou, nessa mesma medida o medo cede lugar à verdade, e nessa mesma medida vocês se expandem."

Imagem do livro "Mãos de Luz" extraída do google

Reflexões e trechos da palestra Pw 129 - Pathwork
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domingo, 2 de junho de 2013

Do que mesmo me defendo?!

“À medida que deixam cair as defesas, farão a transição da falsa dor que reclama amarguras para a dor real que é suave, fluida e alegre.” (Pw 196)


Muitas vezes sem perceber nos apegamos a nossas dores como se elas falassem da nossa identidade. Claro... nos acostumamos tanto com essas dores, as conhecidas... ao mesmo tempo em que as rejeitamos, também as aprisionamos, por medo de soltá-las. Como assim?! 
Dentro de nós podemos ter dúvidas como: Quem seremos nós sem elas? Queremos mesmo experimentar novas possibilidades? A que novas dores estaremos vulneráveis? Queremos mesmo estar abertos para a descoberta de algo novo em nós? Do que mesmo estou me defendendo?
E sem a consciência de que é uma escolha, continuamos a viver defendidos de novas experiências por estarmos "apegados" às dores conhecidas que cultivamos e continuamos a nutrir como se fossem nossa última ralidade.




Imagem do google