quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Amor à Ordem Divina

Nesta época do ano, sintonizo mais fortemente com o Amor do Cristo. Há alguns motivos para tanto e um dos mais vivos é a lembrança da chegada de Jesus à Terra, a personificação do Amor de Deus. Às vezes me pego "perdendo o fio", tentando entender o que não está ao alcance da minha compreensão e "reencontro o fio", quando percebo que meu alcance está suficiente na contemplação e vivência do que é, na Ordem Divina, que existe além da aparente desordem humana. 



Nesse período de dezembro, junto vem a possibilidade de um ano novinho em folha que me faz refletir e confiar em experimentar um novo agora, uma vida mais preenchida por Amor, para o Amor e pelo Amor. Sinto a vida como meu bastante e belo presente e sou muito grata por estar vivendo esse momento. E me pergunto, como retribuir?



Aprendi muito na caminhada experienciada através do Pathwork, até aqui. Foi um encontro gratificante entre o Eu e o Caminho. E neste momento em que escrevo o que pretendo que seja a última postagem do ano de 2013, o Eu Facilitador me pergunta: Como, em seu cotidiano, você ainda nega a Presença Crística em si mesma? (Hei de estar atenta à resposta)

Que os nossos seres aprendam a doce lição de se fazerem moradas para a Paz de Deus! Um abraço quentinho, Adriana Teixeira.




quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O que fazer quando em confusão?

Para tudo! Vamos começar de novo. Qual é a confusão? O que não está claro? Está tudo bem em estar confuso ou confusa? Que tal respirar, respirar, mais calmamente, respirar mais uma vez e olhar para si, e poder dizer estou em confusão, e tudo bem, continuo respirando, e quero olhar para isso e tudo bem. Vamos lá! A vida está acontecendo aqui e agora, enquanto a gente respira e lê esse texto. Então vamos seguir. Para tudo! Quando digo "para tudo", quero dizer, para com todo o ruído nesse instante, o ruído que está vindo de sua própria mente. Pensou que era para pedir ao vizinho para desligar seu som? Ou propor uma lei para fabricar carros sem buzinas? Ou simplesmente colocar seu celular no silencioso? Vamos começar de novo e de novo e de novo, e está tudo bem. Respirando.




A confusão é característica do momento em que um conflito interno está sendo revelado. Vou me referir à confusão aqui como uma oportunidade de olhar um pouquinho mais para dentro. Normalmente rejeitamos o sentimento de confusão. O estado lembra impotência, falta de controle, desordem, inadequação. Como não gostamos de nos sentir assim, tendemos a rejeitar a confusão, antes até da permissão interna de sentir o que está sentindo. Ampliamos a luta interna na rejeição ao estado momentâneo que se apresenta na fração de tempo, aqui e agora. Por isso o primeiro passo proposto é respirar calmamente o momento. Quando respiramos abrimos espaço internamente para um relaxamento e aceitação do que está acontecendo, sem luta.




E então, qual é a luta? O que você gostaria que fosse diferente em sua vida? O que você considera que está errado? O que está fora do lugar? Contra o que você se revolta? Liste tudo o que lhe incomoda e que você gostaria que fosse diferente.
Então mesmo que faça parte da sua lista questões como as intolerâncias de forma geral, as guerras, as injustiças, a falta do amor entre os homens, de qualquer forma quando nossa atitude é de "não aceitação do que é - do que existe, mesmo que temporariamente", há uma permissão para a desordem interna e para a confusão. As lutas externas refletem as internas e a recíproca também é verdadeira. Claro que abordo nesse instante aspectos gerais da questão, de algo que é preciso ser investigado individualmente e é excelente quando realizamos essa tarefa em grupos de estudo. Enriquece muito o debate.




Se pensarmos na vida como uma caminhada e os momentos de confusão como aqueles em que aparece uma neblina, e sua visão se torna turva e difusa e você deixa de enxergar suas reais possibilidades de direção, a proposta aqui é antes de rejeitar essa nova paisagem que surgiu em sua frente, se aquietar e respirar o instante de parada e reflexão a que ela te convida. No instante em que você faz isso a atmosfera ao seu redor já suaviza e a direção a seguir vai tomando forma. Quando a gente escolhe uma direção a partir do ponto de aceitação da realidade temporária, essa escolha é mais consciente. Quando a gente escolhe uma direção no desespero de não querer enfrentar a neblina e a obscuridade que se apresentou, nossa atitude diante da escolha já compromete o resultado a ser obtido. E seja o que for, sempre é tempo de respirar e começar de novo. Esteja em que ponto estiver de sua jornada, é sempre tempo de uma parada, uma reflexão e um novo passo e de um passo realmente novo. O sol a cada dia nos oferece uma nova chance de aquecer nossa alma com seu calor.



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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O Gosto da Vida

- Eita que tá difícil!
- O que está tão difícil assim?
- Viver com gosto.
- Que gosto você quer para a sua vida?
- Hummmmm, gosto doce de liberdade!
- E o que está te impedindo de ser livre?
- O mundo.
- Mas vejo que mesmo com muita interferência desastrosa, as águas seguem seus cursos, os pássaros continuam a voar por ai, as flores aparecem no tempo delas, os temporais vem e vão sem pedir licença, de que mundo você fala?
- Falo do mundo de imagens, crenças e padrões que criei e que hoje aprisionam o que há de melhor em mim.
- E por que você ainda vive nesse mundo?
- Foi nele que me fiz, criei uma identidade, estabeleci relações e me firmei na vida. Como vou saber quem eu sou, sem esse mundo?
- Sua liberdade vale o risco de você não ser quem pensa que é?

- (silêncio)




"Nunca é demais enfatizar que a atitude de vocês para consigo mesmos é o que conta. Quem tiver a coragem de encarar a si mesmo olho no olho, sem  vacilar, mas também sem dramatizar sua “maldade”, fatalmente gostará muito mais de si mesmo. Isso aumenta a autoconfiança e a “permissão interior para ser feliz”.  (Cap. 05 do livro "O Caminho para o Eu Real")


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Motivação inconsciente dos desejos


"Sempre que a capacidade de desejar é obstruída, consciente ou inconscientemente, não se consegue atingir a satisfação. Por fora, vocês podem desejar uma satisfação específica com todas as forças, mas por dentro estão envolvidos alguns fatores inconscientes que impedem a realização desse desejo."





Vamos tratar da diferença entre as motivações por trás dos desejos, como aspectos impeditivos da realização dos desejos válidos. Não vamos tratar aqui dos desejos destrutivos, obviamente doentios. E sim das distorções doentias dos desejos válidos, algo mais sutil que acontece nas regiões mais profundas da mente e da alma. "As motivações doentias e tensas estão sempre ligadas ao medo."





"Quando você deseja uma coisa por ela mesma, esse desejo é saudável. Mas quando você deseja uma coisa como um meio para obter um fim, esse desejo pode ser doentio. Se for esse o caso, o desejo automaticamente se torna tenso. Ele passa a ser uma necessidade, e portanto o medo vem no seu rastro. Vou dar um exemplo: se você deseja segurança financeira pelo prazer de desfrutar esse estado, isso não é doentio. No entanto se você deseja segurança financeira para impressionar outras pessoas, ou para mitigar um sentimento de inferioridade, então esse desejo é doentio."





"Quanto mais você se desenvolve, mais forte se torna sua consciência, e mais ela registra acuradamente quando uma motivação é errada e portanto coloca inibições no caminho. Com uma pessoa menos desenvolvida, esse processo da consciência pode estar ausente. Portanto sua capacidade de desejar pode funcionar mesmo que a motivação seja impura."





O círculo vicioso da consciência é: como a psique sabe das motivações doentias, se nega a realização do desejo. A não realização reforça a crença de não merecimento e da necessidade de um esforço redobrado. E essa atitude empurra novamente as motivações doentias para a gaveta do inconsciente. "A única maneira de quebrar o círculo vicioso é vocês começarem a se enxergar claramente, suas motivações, seus desejos e o que vocês realmente querem conseguir através deles. Encarem-se claramente, com toda a honestidade possível."


Trechos da Pw 056
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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Os princípios ativo e receptivo na criação pessoal

"Tomar posse do que lhe pertence significa usar deliberada, consciente e intencionalmente o poder criativo que você é no mais profundo do seu ser e que emana de você. Existem dois princípios fundamentais através dos quais o processo criativo funciona: o ativador e o receptivo. Eles regulam tudo o que acontece, seja desejável ou indesejável, importante ou ínfimo; desde a menor e mais corriqueira ocorrência até a criação do Universo. Se aquilo que é criado é destrutivo, doloroso, ruinoso ou infeliz os dois princípios devem também ter atuado, apenas, neste caso, foram distorcidos e mal-interpretados."




"Existem muitos homens e mulheres neste mundo que são ainda tão pouco desenvolvidos que expressam seus impulsos negativos sem nenhum remorso. Somente quando o desenvolvimento avança mais e o indivíduo não mais deseja expressar violência e destruição é que ele fica assustado com o seu próprio princípio ativo e portanto passa a controlá-lo. Eis porque não se pode ser plenamente homem ou mulher a menos que se resolva a questão dos desejos e emoções negativos. Quando esses sentimentos são encarados plenamente, perdem o seu poder."




“Esse é o caminho do Pathwork. À medida que é descoberta a raiz da experiência negativa dentro de si mesmo, você se torna capaz de transformá-la. Para criar deliberadamente um destino positivo, é essencial que se compreenda mais acerca da força criativa do universo e como poder utilizá-la pessoalmente."
Como você está criando sua vida? Quais as motivações envolvidas? Que mudanças você está disposto a realizar?


Trechos da Pw 169 - Pathwork
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Como está seu dia?

Como você acordou hoje? O que você fez ao acordar? É o que sempre faz? Você atendeu a todas as suas necessidades? As de ordem física ou de outra ordem? De forma automatizada ou consciente? Ouve alteração em suas necessidades nos últimos dois anos ou elas são as mesmas? Como você está nesse momento, respondendo (ou não) a tantas perguntas? 




Respondeu? Não?! Por que? Sim?! Para que? Quando iniciei a jornada de auto-descoberta, através do Pathwork, fui percebendo o quanto estava aprisionada em meus próprios conceitos. A tarefa de questionar, fazer perguntas e investigar ajuda muito a abrir o campo de visão. O que seria de nós sem as perguntas? Fiz essa brincadeira hoje apenas para lembrar quanta coisa podemos estar deixando de experimentar na vida. Ao acordar temos um novo dia inteirinho pela frente, uma belíssima oportunidade. Afinal de contas o tempo avança e nós mudamos, o mundo muda e as perguntas também... algumas sim, outras não, como está seu dia?


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“A meta de toda criatura viva é libertar o espírito eterno. Pode ser uma meta inconsciente para muitos, o que não altera os fatos. A carga das incrustações é pesada, e todos sentem esse peso.  Todos anseiam pela claridade e luminosidade do espírito que habita no fundo das incrustações, para entrar de posse do que lhe pertence por direito.” Pw 166


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Criatividade como indicador da liberdade interior





Todos somos criativos. A criatividade é uma qualidade do ser humano. Claro que alguns a expressam melhor em algumas áreas da sua vida do que em outras e isso pode ser um interessante ponto de investigação. Nas áreas em que nos sentimos "livres" a criatividade flui com maior facilidade. Nas áreas em que as regras ou os padrões se tornam uma necessidade muito premente, esse fato pode significar um certo aprisionamento, num sentimento de medo ou insegurança que bloqueiam a criatividade.




"O que pode ser errado para outra pessoa pode ser exatamente a coisa certa para vocês. Porém vocês não o sabem. Vocês acham que têm que agir, pensar, sentir, fazer e se expressar da maneira geralmente prescrita pelo seu meio. Uma das doenças mais comuns da humanidade é sua tendência para generalizar e padronizar. Isso tem efeitos de alcance mais longo do que vocês imaginam. Isto também afeta a psique de vocês ao reprimir o desenvolvimento pessoal, a criatividade e a expressão de vocês. Isso pode manifestar-se como um certo modo de vida que não é sua escolha porque o seu ambiente desaprova aquele que é realmente o seu." (Pw 068)






Muitas vezes não nos damos conta do prejuízo de tentarmos atender a padrões, que não correspondem aos anseios da verdade da alma. E você pode me perguntar, como então, lidar com essa realidade, já que na convivência em sociedade isso é muito comum? É uma boa tarefa mesmo! É poder questionar-se, em primeiro lugar. Perceber que estamos estimulados tanto a atender necessidades reais, quanto necessidades "fabricadas" ou falsas. Aprender a acalmar a mente para ouvir a intuição.




"Na realidade, não apenas não há nada errado com o seu modo. Pode até ser que esse determinado modo de vida seja o que sua alma mais precisa para atingir seu crescimento máximo. Esse modo de vida pode aplicar-se a muitas coisas. Pode significar que vocês reprimam um talento, uma atividade que proporciona à suas almas o máximo desenvolvimento." (Pw 068)


Trechos da palestra Pw 068
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Harmonia

Fiz uma conexão com a palestra do Pathwork Pw 005 que relaciona a verdade em seus aspectos relativos e absolutos, conscientes e inconscientes, materiais e espirituais, transitórios e eternos.
Que as palavras abaixo possam preencher nosso íntimo com o alimento essencial disponível.



"Enquanto você simplesmente desejar a sua própria felicidade, portanto não for um elo na corrente, o ego é de fato o centro, mesmo que você não tenha consciência disso. O homem deve primeiro curar as feridas das suas mágoas internas, remover uma casca antes de conseguir realmente ser uma ajuda forte para os outros. Ao dar todos esses passos necessários, o homem se desloca para o lugar certo, e automaticamente se aproxima da harmonia com as leis de Deus."



"A tarefa de cada um pode ser diferente. Tenha confiança que Deus dará o que for mais adequado para você, e assim trará felicidade suprema. Assim você será uma luz, um sinal, um exemplo para os outros, mas isso só pode ser efetivado quando não é voltado para o efeito exterior, mas quando nasce de um desejo interno de andar no caminho da purificação exclusivamente para amar os outros mais completamente, compreendê-los melhor e poder dar-lhes ajuda verdadeira."






"Quem for capaz de despertar esse sentimento Divino em sua alma e cultivá-lo até o fim vai se tornar uma fonte viva, e vai estabelecer um contato carinhoso com o mundo espiritual de Deus. Essa pessoa nunca ficará sozinha, nunca será abandonada, nunca ficará amargurada. Existirão tesouros verdadeiros, incalculáveis, riquezas que ninguém poderá lhe tirar. Deixe-se guiar inteiramente por Deus. Abra-se somente para sua vontade, e então o caminho será mostrado passo a passo."




"Mas antes de poder se dar, você tem que se encontrar. Você não pode dar o que não possui... você sente que não "possui" a si mesmo, na mesma medida em que se sente envergonhado de sua própria imperfeição, emocionalmente... você conquista a si mesmo somente quando é capaz de encarar-se como realmente é, sem resistência, porque somente assim as mudanças e a purificação podem acontecer."



Trechos da Pw 005
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sintetizando-se


"Fazer uma síntese é sempre uma boa forma de facilitar o aprendizado de algum conteúdo. Quando comecei a gostar de explorar meus conteúdos inconscientes percebi a importância da síntese também nessa experiência. Então a dica é: faça um breve levantamento das questões que estão mobilizando suas faculdades nesse momento e objetivamente escreva como está você na vida agora."





“A atitude ideal é combinar o espírito ativo da busca das próprias causas interiores com a atitude descontraída de, no momento, aceitar o indesejado, com a plena compreensão de que a infelicidade, que a própria pessoa gerou, tem valor terapêutico.” (PW 082)


Quando nos movemos nessa busca de forma suave e respeitosa, começamos a experimentar que não há necessidade de sofrer com as circunstâncias desfavoráveis do momento. A dor da limitação momentânea tem o objetivo de nos "despertar" para a falta verdadeira por trás da circunstância aparente. E vivenciar a dor verdadeira libera a compreensão da sua natureza transitória.





No envolvimento com nossos sentimentos e emoções há uma dificuldade natural em sintetizar o momento, porque a identificação com um aspecto dificulta a visão do todo. Então, não é recomendado forçar uma ação nesse sentido. Nesse instante apenas respirar as emoções e os sentimentos e lhes garantir um espaço interno na consciência, talvez seja o suficiente. Depois de uma desidentificação, que acontece com o processo pessoal de auto-observação consciente, ai sim cabe a síntese. A clareza que uma síntese pessoal oferece tem a força de uma flecha que se lança num alvo definido.


“Cada passo que vocês dão em direção a seu interior, gera nova energia.” (PW 195)

Reflexões e Trechos das Pw 082 e 195
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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alguns aspectos do Amor

Há um capítulo, o de número 16, do livro "O Caminho para o Eu Real", de Eva Pierrakos, que considero fundamental para a compreensão de um dos motivos que nos instiga inconscientemente a repelir o amor. É desse tema que trato nesta postagem. É uma proposta diferente de encararmos o que pode acontecer a qualquer um de nós, no íntimo. E como o próprio Pathwork nos orienta, não tome como verdade... perceba, examine, avalie, convide sua consciência, questione e veja se acontece e como é que acontece na sua experiência pessoal.






"O amor não é um mandamento, e sim a maior de todas as liberdades. É um movimento espontâneo de alma do eu interior e acontece naturalmente, como resultado de determinadas condições da personalidade, como saúde psíquica, entendimento e conceitos interiores corretos e correntes da alma que estão em harmonia com correntes universais." 

Ou seja, a ideia do amor é de um movimento natural espontâneo que acontece como fruto de um bem estar interior da personalidade que apresenta-se em integração com a vida, com seu curso em fluxo.






"Um dos obstáculos fundamentais é a conotação de que amar vai contra o interesse próprio. Isso está implícito no próprio fato de que a religião faz do amor um mandamento, e muitas vezes menciona a esse respeito a importância do sacrifício, do esquecimento de si mesmo. Quando a ideia de que a total negação do eu faz parte do amor se fixa na psique, com a resistência inconsciente ao amor, é impossível que a pessoa não se defenda contra essa expansão do eu."

Quando o amor, em algum lugar dentro de nós, é encarado como uma obrigação, com a ideia de que o "eu" deve ser sacrificado, em nosso íntimo, passamos a lutar contra esse sentimento, contra essa manifestação natural. E muitas vezes a verdade temporária - do não amor -  é sacrificada em nome de uma imagem de amor ao próximo como imposição social. Inconscientemente reforça-se a resistência interna a amar.



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Trechos do Cap.16 de "O Caminho para o Eu Real"


O Pathwork faz um convite para revermos crenças e imagens relacionadas ao amor, tanto quanto a estarmos atentos a sentimentos e reações emocionais que possam nos impedir de amar.







terça-feira, 23 de julho de 2013

O ponto de renúncia

O que seria o ponto de renúncia? Trata-se do aspecto que se apresenta no momento como uma necessidade premente. Aquilo que parece ser a única solução possível para seu conflito interno, pode se revelar como esse ponto. Hoje fiz contato com um novo ponto de renúncia. O entendimento.
Tenho sentido um anseio insaciável pelo conhecimento e principalmente pelo entendimento do que está acontecendo comigo nesse momento. Há algo de errado nisso? Não. No entanto, se observarmos a ansiedade que acompanha o anseio, perceberemos que há um "excesso". O que isso significa? 





O anseio por si pode ser saciado em um espaço de tempo e com uma quantidade específica. No entanto a ansiedade fala de uma aflição. E aflição fala de conflito interno. E o que isso nos mostra?
Simplesmente que não estamos satisfeitos no atendimento a esse anseio. Se não há satisfação, de alguma forma nós mesmos estamos contribuindo para isso. Hoje a pista é a respeito do ponto de renúncia. A renúncia aqui diz respeito a "abrir mão de", relacionado a algum aspecto ao qual está imperando um apego inconsciente, que está impedindo a satisfação da nossa necessidade.




Como descobri que meu ponto de renúncia agora é o interesse insaciável pelo entendimento? Comecei a perceber um "tenho que" entender. A expressão "tenho que" fala de uma exigência. Como se eu tivesse que atender a padrões ditados por uma idealização. Esse é nosso real ponto de renúncia. Muitas vezes pensamos que para estarmos satisfeitos em alguma necessidade específica precisamos renunciar a algum bem valioso... por exemplo para ter sucesso em minha carreira vou precisar abrir mão do tempo com a minha família, ou não vou poder investir numa relação amorosa satisfatória. Não. Não é a isso que renunciamos. A renúncia fala de abrir mão de "um padrão de perfeição intangível".





A aflição para a satisfação da necessidade indica uma irrealidade no desejo. Como pode um vaso de barro encher um rio? A quais exigências está tentando atender? A que ideia você está apegado? Qual idealização está ditando as regras? A liberdade de viver o Eu real aparentemente mais limitado do que o Eu idealizado vale a renúncia aos aspectos ilusórios da vida e do eu. (Reflexões tema Pw 094 - Imagens do Google)






quarta-feira, 17 de julho de 2013

Qual é o seu chamado agora?

Tenho apresentado postagens com níveis de abordagem diferentes. Procuro considerar quem pode estar sendo tocado por essas reflexões. Gosto de escrever para todas as pessoas, e não só as que conhecem e praticam o Pathwork. Dessa forma quem quiser pode se beneficiar da leitura e considerações dos temas propostos. Mas talvez nem sempre faça isso. Essa forma de me comunicar vai mudando muito conforme meu próprio processo de clareza da tarefa a ser desempenhada, da funcionalidade e foco do blog.
Estou atendendo a um chamado e sei que estou me preparando para doar o meu melhor possível, mas ainda há muito o que saber.  Meus bloqueios pessoais interferem na compreensão e aceitação de algumas ideias, então estou fazendo um trabalho de investigação a respeito de quais são os impedimentos para que eu compreenda e atenda ao chamado que a vida está me fazendo agora. Acredito na conexão entre o tema com qual conecto no meu agora e o momento dos que acabam lendo as mensagens. E a pauta do dia é QUAL É MESMO O MEU CHAMADO AGORA?



"O chamado da vida é um movimento dinâmico que também pode ser sentido como uma torrente. Essa torrente de vida manifesta-se de formas diferentes para cada indivíduo. Ela é a um só tempo universal e intensamente pessoal". (Pw 145 - Respondendo ao chamado da corrente da vida)


Esse tema do chamado da vida é, em meu entendimento, prazeroso e complexo ao mesmo tempo. Então, vou abordar apenas um aspecto desse tema, nessa postagem e talvez volte a abordar outros aspectos posteriormente. O aspecto a que me refiro diz respeito à disponibilidade para ouvir, entender e estar receptivo a esse chamado diariamente.
A dinâmica da vida revela para cada pessoa o que, em sua experiência, está precisando de um olhar atento, no aqui e agora. Entendo o aspecto universal aqui como as leis universais: lei da atração, causa e efeito, lei do equilíbrio para os princípios ativo e passivo, dentre outras a que todos estamos sujeitos. O quanto confiamos ou deixamos de confiar nessas leis vai interferir na nossa escolha em ouvir, entender e atender ou não ao nosso chamado pessoal, que se expressa em nosso dia a dia.




"Apenas quando encontra o seu Centro, bem no fundo de si mesmo, é que você pode preencher o seu destino, sua razão de existir". (Pw 145 - Respondendo ao chamado da corrente da vida)


Desta frase só quero chamar atenção para o fato de que "encontrar o seu Centro" é uma tarefa. A afirmativa acima já pressupõe que ainda não encontramos, ou pelo menos, não em todas as áreas, ou não completa e plenamente. Então, porque resistimos tanto a reconhecer nossas imperfeições?! Aqui pessoalmente quero fazer uma analogia com meu entendimento pessoal do que seja se entregar a Cristo, para os cristãos, reconhecê-Lo e aceitá-Lo, atendendo ao Seu Chamado, que também é uma tarefa diária. O Centro no homem é sua conexão com Deus, é a Centelha Divina individual. 





"O chamado da vida é universal. A atitude necessária para acordar o Centro Interior segue valores universais. Verdade, amor e beleza são aspectos universais do verdadeiro fluxo da vida. A existência do ego, isolada, é também um estado geral que afeta todas as pessoas, mas como o ego bloqueia o Self Verdadeiro é uma questão pessoal. O que é universal é o fato de que é necessário a transformação do caráter para permitir o livre correr do fluxo da vida." (Pw 145 - Respondendo ao chamado da corrente da vida)


Esse é o trabalho que temos. O de reconhecermos a limitação do nosso ego, para aceitá-la e transcendê-la. No entanto, quando estamos identificados com o ego, a admissão da sua limitação parece algo muito assustador, pois se assemelha à admissão da nossa pequenez diante da vida. É assim que muitas vezes preferimos nos agarrar à imagem que temos de nós mesmos do que correr o risco de conhecermos nossa natureza mais íntima. Então, deixo hoje algumas perguntas:


Qual o chamado da vida para mim nesse momento?
Quero realmente entender esse chamado?
O que isso requer de mim?
Estou receptivo?
Imponho condições? Quais são elas? São plausíveis? De onde vem?
Respondo a esse chamado? Inteira ou parcialmente?
Prefiro fazer ouvido mouco, fingindo-me de surdo?


Fique à vontade para ser sincero consigo mesmo. O auto-conhecimento é libertador.


Trechos da Pw 145 - Pathwork
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quarta-feira, 10 de julho de 2013

O perfeccionismo como obstáculo à autorealização



É saudável cultivarmos o cuidado e a atenção no desempenho de nossas atribuições, com o máximo de compromisso possível. Essa atitude nos oferece um alto nível de confiança no resultado a ser alcançado. No entanto, muitas vezes, erguemos uma bandeira a favor do perfeccionismo, como se fosse o exercício dessa atitude. O Pathwork esclarece como o perfeccionismo nos afasta do real empenho na direção do desenvolvimento pessoal.



"O perfeccionismo nega a realidade temporária da imperfeição e da limitação, da maneira mais doentia. Ele quer os resultados agradáveis da perfeição (do eu, bem como dos outros, porque muitas vezes a perfeição dos outros é uma vantagem para o eu), sem pagar o preço necessário para chegar a isso. O preço é: encarar o fato desagradável, tantas vezes não lisonjeiro, da imperfeição e, lentamente, trabalhar para eliminá-lo. O perfeccionismo não quer o desenvolvimento, ele exige a magia de eliminar as etapas necessárias para alcançar o objetivo." (Cap. 09 - Caminho para o Eu Real)


"De alturas irrealistas, a pessoa despenca em um poço igualmente irrealista...Quanto mais forte o perfeccionismo, tanto mais pesada é a autocondenação.  A “saída”, escolhida por uma tentativa inconsciente de minorar esse peso, é a projeção nos outros." (Cap. 09 - Caminho para o Eu Real)





"Isso, por sua vez, acarreta problemas com o mundo exterior, de tal modo que a personalidade oscila entre duas alternativas igualmente prejudiciais: a condenação do eu, de um modo irrealista e exagerado, ou a condenação dos outros, com intolerância rígida e cega." (Cap. 09 - Caminho para o Eu Real)

Acontece às vezes de sermos mais condescendentes com nossos próprios erros do que com os erros dos outros. Então essa é uma boa dica: será que nesse instante o perfeccionismo não está direcionado para esse outro a quem se está condenando? O outro aqui pode ser outra pessoa, uma instituição, um líder, uma religião. Mas às vezes também somos muito duros conosco. A autocondenação é igualmente um prejuízo, já que enfraquece a personalidade para lidar com o real necessário do momento que é o erro ou a limitação apresentada.




O que fazer, então, com essa tendência? De que forma podemos trabalhar nosso perfeccionismo? A proposta do Pathwork é com a consciência de cada aspecto manifesto no dia a dia. Ou seja, em que momentos percebo que me condenei, ou que condenei o outro. Quais foram os parâmetros? São realistas? Em que circunstância busco a "perfeição" por medo de encarar o que é como é. 


"Quando se desvencilhar das pesadas algemas das normas perfeccionistas, o eu poderá realmente começar a respirar, e assim a crescer, desenvolver-se, buscar a expansão da vida mais dinâmica." (Cap. 09 - Caminho para o Eu Real)


Trechos do Cap. 09 do livro "Caminho para o Eu Real" de Eva Pierrakos
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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Você sente ou pensa o que sente?


"Por muito tempo na história da evolução a razão parece a salvação, a graça salvadora, aquilo que controla, contém e domina o reino dos sentimentos." (Pw 165)


Por medo de vivenciar a "destrutividade" das emoções desagradáveis como raiva, medo, angustia, muitas vezes, pensamos nossos sentimentos em vez de senti-los. Há um equívoco, muitas vezes inconsciente, de que se admitirmos que estamos sentindo tais sentimentos estaremos atuando através deles. A admissão é a consciência do estado interior. É o primeiro passo para qualquer mudança significativa.







"Quanto mais os sentimentos são negados, menos podem os sentimentos destrutivos transformar-se para o seu estado original." (Pw 165)


Negar a realidade momentânea nos parece a melhor saída, em determinadas ocasiões. É como se ao negarmos essa destrutividade, estivéssemos nos livrando dela. No entanto o que acontece é que apenas estamos varrendo a poeira para baixo do tapete. Ela não deixa de existir, ainda está lá e em algum momento sua rinite vai te lembrar de que a limpeza ainda está aguardando sua atenção.






"Ao invés de dominar, limitar, conter os sentimentos, ele tem que aprender a permiti-los na consciência, a aceitar a sua existência, a deixá-los estar e observá-los, a encontrá-los sem medo." (Pw 165)


E como seria isso? Como é sentir os sentimentos sem agir através deles? Permitir a existência deles não seria se acomodar a eles?
São muitos conceitos errôneos e muitas dúvidas que acabam por reforçar nossa escolha por continuar a conter as emoções e suprimi-las da consciência. Vou propor que pensemos na consciência como uma claridade acessível. A claridade faz com que você veja o que acontece e apenas acompanhe, com os sentidos aguçados, o que está acontecendo. Quando você decide bloquear essa claridade é como se o fato de você não enxergar, significasse que não está acontecendo. Isso não é verdade. Aceitar em consciência é estar junto, presente, acompanhando, respirando, sabendo que as emoções seguem um fluxo, como o fluxo do ar e do sangue dentro de nós, que seguem seus cursos, sem seu controle. Claro que se trata de um processo. As práticas de meditação, terapias, dinâmicas em grupo e atendimentos individuais ajudam muito.



Trechos da Pw 165
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"Aqueles seres humanos cujo desenvolvimento geral os faz maduros e prontos para a realização do seu Âmago Divino devem agora desaprender, ou re-aprender de uma maneira nova. Uma nova estrutura de equilíbrio tem que ser estabelecida." (Pw 165)






sexta-feira, 28 de junho de 2013

A alma clama!

Há momentos em que estou bem identificada com meu eu rebelde, intempestivo, que está insatisfeito e clama por mudança. Os manifestos dos concidadãos nas ruas do país, durante esse mês de junho, revelaram mais agudamente essa tendência em mim também. Como trabalho com foco no individual para buscar a compreensão da minha tarefa no coletivo, procurei esclarecimento em textos do Pathwork e me senti atendida na palestra Pw 145, segue.






" O Self Universal frequentemente contradiz regras externas que provém do ego-self da humanidade. Portanto, não importa o quanto as pessoas se rebelem contra o conformismo e as leis sociais, eles ainda se encontram confinados no interior do ego-self, profundamente imersos no seu conflito dualista entre o conformismo e a submissão que ele requer, e a rebelião e o desafio." (Pw 145)


Entendi que abrigo esse conflito em mim, quando entendo que só há essas duas formas de atitude... ou me submeto ou me rebelo. Continuo aqui me sentindo confinada, já que estou presa a apenas duas alternativas. Na verdade as duas atitudes podem estar à serviço da "verdadeira mudança" ou da manutenção da "falsa ordem". Quando estou identificada com a rebeldia posso então investigar de onde ela vem, qual sua intenção, o que diz da minha realidade interna projetada na externa.





"A Verdadeira emancipação das regras externas do ego não exige nem conformismo, nem rebelião. Ela age sobre valores internos que podem ou não coincidir com os ditames da sociedade. Em nenhum desses casos a pessoa que usa valores internos vai ser prejudicada. Ela vai tornar-se mais íntegra, mesmo que esteja passando por um tumulto temporário." (Pw 145)


Através desse trecho entendo que quando me movo livremente, atendendo ao anseio do Self Universal em mim não me preocupo em estar de acordo ou não com as limitações do meu ego, ou do ego da sociedade, pois os valores que estão dirigindo as ações são valores de união e cooperação, e o resultado inevitável é a integridade do ser.





"A chave não está tão escondida, como possa parecer. Basta perguntar se você está motivado pelo amor e pela verdade e se fez um compromisso integral com um curso de honestidade e integridade nesta questão específica, sem se importar com a opinião pública". (Pw 145)




Trechos da Pw 145
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