quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Marinar em verdade

Quando iniciei esse Blog foi com a intenção de compartilhar meu aprendizado no Pathwork (Caminho de Autoconhecimento - www.pathworkbahia.com.br), percepções pessoais e resumos das palestras, e foi bom enquanto durou. Atualmente, em outra vibe, não me sinto mais motivada e faço essa postagem em respeito a todos que encontrem o Blog, na busca por temas que abordei aqui. Pode ser que em algum momento eu volte a escrever, a experiência é cíclica e temporária. Agradeço cada percepção adquirida ao escrever e à oportunidade de revelar pequenos insights e inspirações. Encontrei um mestre (Mooji) que tem me inspirado em novas percepções, através de vídeos partilhados no youtube e estou marinando, marinando, marinando.

Gratidão, querido e amado Deus, pai/mãe, pela vida! Gratidão, amigos!


quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Presença: que bom presente!

A presença é o presente mais significativo que posso doar. Percebi isso, mais efetivamente, num evento em que participei de um momento de partilha com o grupo de aproximadamente 75 pessoas e fui me conectando com as expressões de cada um. Senti gratidão por aquela consciência de conexão, e aquele estado me ajudou a reconhecer que mais importante do que o significado dos sentimentos pessoais, era a própria experiência da presença, que em si, é Graça de Deus.






Estar presente, pressupõe desapego a tudo que você imagina e idealiza como verdade, é estar na verdade do momento, sem reservas. Estar disposto a viver a experiência, sem ter que interpretá-la. É estar despido de crenças, imagens, conceitos, estruturas. Despido de si mesmo, enquanto pessoa, ego/mente, indivíduo. Ainda assim, você percebe que está lá, lá no aqui e agora, seja onde for, e então é que você pode estar aberto a se reconhecer além da casca, mais profundamente. Quem é mesmo o Eu?


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Percepção dos véus temporários que embaçam a visão

Hoje vou ser muito breve. Esse mês trago a reflexão sobre o papel do nosso próprio Eu Facilitador. O facilitador é aquele agente que ajuda você a ver o que está à sua frente, mas seus olhos não estão alcançando essa visão, por você estar envolvido demais naquela situação. O papel do facilitador é ajudar você a descortinar os véus que embaçam sua visão. Mas é o facilitador que tira seus véus? Não. 
O facilitador lhe ajuda a reconhecer que você não é cego, que há véus embaçando sua visão, ajuda a identificá-los como sendo criações na dimensão tempo/espaço e então, cabe a você aceitar a ajuda ou não, retirar os véus ou não. Podemos todos nós facilitar os caminhos uns dos outros, basta estarmos abertos para reconhecermos nossos próprios véus. Uma boa dica: o véu que enxergamos como objeto que embaça a visão do outro, pode ser nosso próprio véu.



terça-feira, 13 de junho de 2017

O papel da repetição no caminho espiritual

Há informações que já recebi de diversas fontes e mais de uma vez, e no entanto, mesmo que tenham feito sentido para mim, desde o início, percebo que muitas ainda não surtiram o efeito possível em minha realidade, ou seja, ainda não foram processadas em níveis profundos. Então, ontem em uma caminhada me dei conta do papel das repetições. E recebi uma inspiração bem libertadora relacionada a essa questão das repetições e de uma específica, que compõe um dos passos para a liberdade no caminho da investigação pessoal. Como assim?


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Identificação! Você já teve contato com alguma reflexão sobre a identificação? O Pathwork aborda esse tema em diversas palestras. O fato é que eu já havia tido a oportunidade de refletir sobre a questão da identificação algumas vezes, inclusive nos vídeos dos "Satsags" de Mooji, que são muito libertadores, mas ontem sinto que fui tocada por uma luz da Sabedoria e alguns aspectos se tornaram mais claros e objetivos.
O papel mais efetivo da observação é a desidentificação com o ego/mente, avançando para a identificação com o ser - o eu espiritual. (Pw 195 - Identificação com o Eu Espiritual para...)


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No início do exercício da observação, a gente julga muito. O julgamento é uma das atividades mais prazerosas da mente. O ego/mente se vê numa posição de superioridade ao emitir juízo de valor. O observador não vem da mente, vem da consciência. Então, é fundamental perceber os julgamentos, perceber-se julgando, essa é um dica preciosa para reconhecermos a real natureza da observação. Quem está julgando? De onde vem o julgamento? A partir da ativação do observador, a consciência é ativada e essa atividade da consciência é que ajuda a gente a se desidentificar do ego/mente, com toda sua estrutura de crenças e imagens. É um processo natural, que vai se revelando ao longo da caminhada. 


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Por incrível que pareça, estamos aprisionados em nosso ego/mente. A ideia que a doutrina espírita nos traz do ciclo de encarnações, por mais que eu entendesse a lógica, sempre me questionei o que determina a possível perpetuação desse ciclo?! Então, encontrei nos ensinamentos de Mooji, que me serve como uma síntese mais direta do Pathwork, que na verdade é o aprisionamento ao fenômeno, é nossa fascinação pelo sentido de individualidade que pode estar perpetuando toda a ilusão que vivemos como realidade. ( Pw 010 - "REALIDADE- Imagem projetada").


imagem do google


O fato é que muitos de nós já está pronto para viver a partir do Ser, da Consciência. E basta um click para que esse reconhecimento seja alcançado, no entanto o apego à ideia de criar sua vida de forma abundante, fluida, expressando seus dons da forma mais significativa possível parece ser, muitas vezes, mais atraente do que conhecer a verdade por trás da ideia. 







quarta-feira, 17 de maio de 2017

De onde vem o peso pesado da vida?

Você já deve ter lido em muitas fontes, que a vida pode ser leve, contém todo o potencial da leveza e suavidade. O Pathwork afirma isso em quase todas as palestras. O fluxo da vida é a nosso favor. A vida é benigna. E por que então nos sentimos cansados e exaustos? De onde vem o peso pesado da vida? 






As dores, os sofrimentos, as frustrações, as mágoas, também fazem parte da experiência humana, mas não precisam pesar. Quando há espaço interior para vivenciar a experiência do momento presente, com liberdade, em estado de contemplação, observação e confiança, a entidade vive o que estiver vivendo em relaxamento, sem fricções, logo não há peso. O peso está no esforço em lutar com o que é. Vem da tensão da mente que quer conduzir as forças disponíveis, em vez de permitir o fluxo.




No entanto, deixo claro que não há mal nisso, isso também faz parte, caso você esteja num caminho de consciência. Quando você avança no caminho de auto-conhecimento, percebe que há espaço para tudo na vida. São muitos os estágios de consciência, e cabe a cada um de nós, estar aberto a dar novos passos em direção à verdade interior. Apenas chamo a atenção para os que já podem ir além em seu próprio processo, e ficam patinando na esteira rolante da própria ilusão, apegados ao ego/mente que teme a entrega.


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terça-feira, 4 de abril de 2017

Soltar o poder e confiar na vida


Escrevi em 2014 sobre o empoderamento como um dos passos no processo de autorrealização e crescimento espiritual e agora escrevo sobre um novo passo que pode parecer contraditório: soltar o poder. É isso mesmo, em alguns momentos o passo pode ser o de empoderar-se, já que muitas vezes nos vemos como vítimas da vida e das circunstâncias, como "uma casca de noz boiando no oceano" (pw 001), e essa é uma das nossas maiores cegueiras. A ideia de vítima nos impede de reconhecer que há uma relação entre o que experimentamos no momento (efeito/consequência) de alguma ação posta em curso anteriormente (causa) e que não nos damos conta, pela distância entre elas (tempo). Mas muitas vezes o momento é outro, completamente diverso!





Pessoas que estão há muito tempo na caminhada de retorno ao cerne da Vida, a Deus, ao Eu Superior, a Cristo, muitas vezes, gastam muito tempo na roda viva da vontade pessoal, sem percepção de que foram fisgadas novamente. Sim, fisgadas pela própria mente, que funciona de forma mais astuta, já que a personalidade está dando passos no conhecimento de si mesma. O ego/mente mais fortalecido pelo conhecimento passa a justificar suas novas formas de defesa, dentro do próprio caminho, com novas linguagens e formas de expressão para se manter na direção, no controle do jogo. Então, o Observador ativo e atento sabe que é preciso soltar. Soltar o poder e confiar na vida, é a tarefa real do ego/mente. Confiar na Ordem que rege o universo e de onde provem a verdadeira força vital, o Poder da Graça, a força que une tempo/espaço e dissolve as polaridades.








E como é viver a partir dessa verdade? Como é estar no aqui e agora, permitindo-se estar conectado, em verdade e ainda assim dando conta da vida no dia a dia? Às vezes nos parece que essa experiência só é possível em retiros espirituais. Às vezes parece que só mestres espirituais, monges, iogues é que podem viver essa verdade ou devotos em seus ambientes de adoração. Não sei responder a essas perguntas, no entanto observo que mais seres estão dispostos a se abrir para o novo, enquanto outros se apegam ainda mais à materialidade transitória da vida, temendo as transformações que estão em curso. Acredito na vida e em sua dinâmica, no seu aspecto Absoluto e em sua transitoriedade. Partilho com vocês um trecho da palestra do Pathwork pw 086 para reflexão:







"Os diversos aspectos que discutimos com relação à auto-imagem idealizada são tentativas inconscientes de lidar com a vida. Como são soluções errôneas, elas precisam ser rígidas. Quanto mais se percebe que essa "solução", de fato não funciona, maior é o impulso de fazê-la funcionar. Isso provoca a rigidez. O crescimento, o desenvolvimento, a maturidade e a cura das forças da alma distorcida residem na eliminação da pseudo-solução e sua substituição pela verdade que é sempre flexível e não conhece regras. Somente isso reconhece a verdadeira segurança, embora a personalidade ao percorrer esse processo, sinta aguda insegurança e ansiedade no momento em que precisa abrir mão das pseudo-soluções." (pw 086)









terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Basta consciência para deixar o novo entrar

Novo ano e uma infinidade de possibilidades. Pensamos no que queremos realizar, nas metas que precisamos traçar e alcançar, ou qual o foco do momento. Projetamos um futuro, uma vida nova. Às vezes o anseio pelo novo reflete o anseio da alma por liberdade. Nos habituamos facilmente a todo tipo de condicionamento e rotina. Não estou propondo juízo de valor, se é certo ou errado, bom ou ruim, estou simplesmente propondo reflexões. A atividade frenética do dia a dia nos disponibiliza um modo automático de vida e em determinado momento a alma clama por renovação. O convite que faço hoje é para que possamos conectar com essa sede do novo, de vida espontânea, de fluxo. 





Uma das formas de perceber o fluxo espontâneo da vida é observar a respiração e os batimentos cardíacos. Quando a gente se aquieta, fecha os olhos e simplesmente ativa o observador, consegue dar conta da nossa presença em nossos corpos nesse exato momento. A observação muitas vezes não é fácil. Quando iniciei o exercício de me observar para aprender mais sobre mim mesma, muitas vezes me peguei querendo mudar, interferir no objeto da minha observação, em vez de simplesmente observar. Quase automaticamente o pensamento entra com julgamentos sobre a cena, sobre os elementos, ou sobre o objeto. O observador pode sim continuar sua tarefa, observando inclusive a mente que julga. E se por acaso, se distrair e acabar se enredando pelos pensamentos, é só retomar o foco para o agora, para a respiração, acompanhando o fluxo do ar com a consciência.





O exercício de observar nos possibilita um estado de paz interior. Faz parte da observação inclusive deixar que os pensamentos existam, e a gente continua simplesmente observando quando eles vêem e quando vão. A paz vai chegando quando você vai abrindo mão do controle do que está sendo observado e simplesmente observa. Soltamos o impulso de "ter que". E mesmo se sentindo afetado pelo que está sendo observado, o observador exercita o foco em simplesmente observar que foi afetado, sem se identificar com o motivo do sentimento ou da sensação. O observador observa também as reações e solta e então percebe que elas também passam. Quem dá atenção às reações emocionais é a mente que as alimenta com pensamentos sugestivos. A conexão do observador com a respiração lhe traz para o agora quantas vezes for necessário, e essa é uma das práticas que alimenta a alma do que é novo, da vida que penetra seu corpo a cada instante.