quarta-feira, 9 de março de 2016

Respiração, vazio, silêncio - Onde está o Ser Interior?

Há muitas leituras sobre a importância da meditação. O que considero o ponto-chave é o estado de paz possível de ser atingido para o contato com o Ser Interior. Além da meditação, há também muitas leituras que indicam a respiração como caminho para esse contato. O foco é estar atento à respiração, estimulando a consciência no momento presente, para se permitir relaxar a mente e estabelecer essa conexão. Por favor, não queiram respostas prontas às perguntas que faço. Quando pergunto, me abro também para conhecer o que pode ser um caminho para mim. Mas, apesar de estarmos todos juntos na mesma jornada, os passos são pessoais. Quando pergunto quero desarticular pensamentos prontos, crenças que parecem receitas de bolo... quero desarticular o botão automático da minha mente. E então, "Onde está o Ser Interior?"




Na linguagem do Pathwork, o Ser Interior, talvez seja o Eu Superior ou Centelha Divina, que seria a área mais profunda do ser humano...
Outros caminhos espirituais chamam de Estado de Ser, Estado de Unidade. O fato é que muitos de nós que seguimos um caminho espiritual, que procuramos conhecer a Deus, procuramos nos conhecer, buscamos um sentindo maior para a existência, nos deparamos com muitos questionamentos e às vezes até nos perdemos, querendo saber: como chegar lá? onde é lá? onde fica meu eu interior? 
Tenho aprendido que "o lá", na verdade é "aqui", é estar presente, consciente do agora. É a mente viciada que nos transporta para velhas ideias de que o humano é muito distante do Divino. Que há vidas e vidas ainda por vir, até que alcancemos a Verdade. E isso pode realmente acontecer, se acreditarmos assim e continuarmos alimentando ilusões, permanecendo enredados, prisioneiros das amarras de nossos padrões mentais doentios, ignorantes e falidos.




Meditar e silenciar a mente, muitas vezes e para muitos de nós, não é uma tarefa fácil. Por que? Porque ainda há um domínio muito grande da atividade mental sobre nós. Encontrei uma forma que considero mais alcançável de libertação deste domínio, que foi o exercício da observação que o Pathwork nos ensina, aliado ao foco no momento presente. Então, esteja fazendo o que for... estou ali, me observando... O que começa a acontecer? Amplio a percepção do "eu" e vejo que não sou apenas aquele que sentiu, falou, reagiu, caiu fora de uma discussão, partiu pra guerra, enfiou a cara no buraco do avestruz, ou se submeteu obedientemente a alguma circunstância. Sou a que observou também, que estava ali, testemunhando minhas escolhas. Esse já é outro nível de consciência. A consciência é muito mais do que a mente, mas a mente faz a gente acreditar que ela é a própria consciência. E para acessar o potencial da consciência é preciso entrar mesmo num estado de abertura para o novo, num vazio que é um dos maiores temores da mente.

Usei essa imagem de um site, cujo artigo sobre um estudo das funções cerebrais automáticas, me interessou. Segue abaixo.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=piloto-automatico-cerebro&id=9462