quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Para que tudo isso?

Estive num evento recentemente, em que depois da experiência que vivenciamos, uma pessoa perguntou "e para que tudo isso?"
Achei interessante a pergunta. Senti que vinha também de algum lugar em mim: "E para que tudo isso?" Para que trilhar um Caminho Espiritual? Para que se conhecer? Para que tantos cursos, leituras, meditações, vivências, experiências?
Eu estava muito calma e simplesmente deixei a pergunta existir.



Imagens do google


Quem estava "calma"? Percebo que meu ego descansava no Ser. O observador ativo faz com que você comece a perceber com o que está identificado. Muitas vezes quando falamos "senti isso", ou "pensei aquilo", não estamos muito atentos a quem é o eu por traz da ação. O observador nos ajuda a diferenciar os diversos aspectos em nós. Talvez no intuito de facilitar o nosso entendimento sobre essas questões o Pathwork proponha conhecermos nossos diversos eus: Eu Inferior, Eu Superior, Máscara. E o que mesmo isso tem a ver com a pergunta "e para que tudo isso"?



Imagens do google

A questão é que a depender de onde eu ouça a pergunta, posso ter inúmeras respostas para ela. Podem ser respostas falsas ou verdadeiras. A reflexão do momento é que não ter resposta alguma pode nos incomodar tanto que facilmente podemos entrar numa obstinação para encontrar uma resposta, talvez até qualquer resposta. Então, o que foi posto em movimento? De onde está vindo esse anseio? O que você não está aceitando? Contra o que está brigando? Quem está brigando com quem? O Pathwork nos mostra muitas contradições na vida. Não há uma regra rígida generalista para todas as coisas. A mente, que quer ser a "dona do pedaço" muitas vezes nos escraviza no "ter que saber", "ter que entender" e "ter que ter respostas". Enquanto em alguns momentos a busca por um entendimento é uma chave real que nos move ao encontro da Verdade, em muitos outros momentos é a cilada que nos afasta da porta que já podemos abrir, por já estarmos com a chave correspondente em mãos.


                                      
                                                            Imagens do google

Poder observar a experiência, desidentificado do experimentador, é uma das ferramentas mais efetivas que o Pathwork me proporcionou. As necessidades que reconheço do meu ser (se é que posso chamar de necessidades), são bem diferentes das necessidades do meu ego, e tudo bem, viver essas diferentes dimensões de saber, ser e fazer. Hoje, depois de passados 05 (cinco) dias do evento é que me veio a resposta. Confiar e me entregar ao Absoluto Amor que nos une a todos e não está "ainda?! (não sei se algum dia estará)" ao alcance de entendimento do meu ego-mente, é o meu "Para quê?" Qual o seu "Para quê?" Para que mesmo você leu essa postagem? Seja bem vindo!!!