sábado, 31 de outubro de 2015

O real sentido da aceitação

Vivenciei um insight lendo um trecho do livro "O Poder do Agora" de Eckhart Tolle sobre o que o Pathwork trata em algumas palestras sobre o real sentido da aceitação. Há muitos conceitos sobre a aceitação. A palavra está associada a ideia de comodismo, de resignação passiva, de submissão, etc. A gente se pergunta se eu aceito uma situação desagradável que estou vivenciando não significa que estou de acordo e não vou fazer nada para mudá-la?! Não! Não é isso! A ideia é que a gente aceita o que está acontecendo com um senso de disposição para encará-la: "tudo bem, isso está mesmo acontecendo comigo, ok, respira, para que mesmo estou atraindo isso agora?  Essa situação está fazendo algum convite específico para o momento?"




A aceitação tratada no Pathwork é uma aceitação atenta, pode estar ativa ou passiva, mas é um estado de permissão interna ao que é. Permissão ao livre fluxo do momento. Seja um sentimento, uma sensação, uma reação emocional, um pensamento desconfortável, uma circunstância de sofrimento, qualquer coisa. Quando nos permitimos esse estado, estamos nos rendendo ao que é real por nos percebermos como o espaço em que tudo acontece e não como "o que" acontece, ou como os cenários ou personagens transitórios que estão de passagem no palco da existência.




O estado da aceitação consciente nos possibilita a liberdade de vivenciar o momento sem brigar com ele e então, qualquer ato, postura ou atitude que possa vir espontaneamente estará em sintonia com o que é e não com a interpretação do que é. Entendi porque filosofias orientais tratam da mente como instrumento de aprisionamento e ilusão. O valor que depositamos em nossas atividades mentais limitam muito nossas experiências, quando a partir de conceitos, interpretações e juízos de valores, determinamos o que é desejável ou não, e nos posicionamos sempre de um lado, contra outros que parecem ameaçar nossas crenças. Aceitar é estar disponível para o agora, apresente ele o que for. É um estado de muita confiança e paz interior, com atenção e prontidão para se apresentar.


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Matéria X Espírito: O que há por trás disso?

Esse mês tive duas conversas diferentes com duas pessoas muito queridas para mim, irmão e pai e o tema "matéria x espírito" foi citado nas duas situações. Daí a inspiração para essa postagem.
Ideias e crenças que reforçam a oposição entre matéria e espírito existem há milênios, e estejamos conscientes ou não, afetam nossos pensamentos, comportamentos e escolhas. Hoje quero trazer uma abordagem que o Pathwork faz sobre o tema para refletirmos como isso se aplica em nossa realidade diária e percebermos o que pode haver por trás dessa dualidade.



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"A luta humana se manifesta na tentativa de superar os obstáculos que vêm da falta de consciência. E falta de consciência significa não realidade, não verdade. A não verdade gera sofrimento. Usando outros termos, podemos expressar essa situação como uma luta entre o espírito e a matéria. A humanidade tem procurado dominar a matéria de muitas maneiras. Mas, em última instância, o significado é sempre o domínio sobre a não verdade - em vocês, pessoalmente. Somente quando vocês adquirem consciência da sua não verdade, não da inverdade geral, podem finalmente superá-la." (Pw 95) Sugiro a leitura desse trecho da palestra nº 95, mais de uma vez, e talvez até a leitura da palestra na íntegra, para uma compreensão pessoal. Vou expor minha interpretação logo abaixo.



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Entendo essa afirmação da seguinte forma: a luta entre matéria e espírito revela a indisposição pessoal de cada um em ver e encarar o que não está em seu domínio e no entanto é a verdade da existência. O Pathwork nesse trecho está associando verdade com consciência e espiritualidade, e "não verdade" com matéria. Na palestra nº 10, informa que a realidade que vivemos na terceira dimensão é apenas uma projeção de nossas crenças, imagens e reações emocionais. A verdade é a vida espiritual, a consciência. Então destaca a importância do trabalho pessoal em observar-se com a intenção de reconhecer aspectos que ainda estão inconscientes ou subconscientes para desprender-se e desapegar-se dos ciclos de ignorância e auto-alienação.


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Enquanto alimentamos a percepção distorcida de nós mesmos e da realidade, nos afastamos da nossa essência, do que é o real em nós e o preço da alienação é sofrimento, desgaste e mais confusão. Por medo de lidar com nossos pontos de vulnerabilidade, forçamos um domínio, criando ilusão. Queremos ter controle sobre o que não temos controle e acabamos abrindo mão da verdadeira força que está à nossa disposição que é a de estar atento e presente na verdade do momento, seja ela agradável ou não. A luta interna em não querer lidar com frustrações, nem reconhecer suas fraquezas e limitações momentâneas, próprias à condição humana e material é que enfraquece o homem, mais do que as próprias fraquezas e erros. A luta matéria x espírito é desnecessária, ela existe apenas para apontar esse equívoco interior em cada consciência. E quanto mais pessoas estiverem despertando para a realidade da consciência, e para a renúncia a um controle ilusório da vida, tanto mais iremos apreciar a perfeição do que já é em seu estado livre de ser.






quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Reconhecendo-se nos relacionamentos

Estamos nos aproximando do X Encontro Regional do Pathwork Bahia e o tema do evento neste próximo fim de semana, 22 e 23/08/2015 é "Relacionamento: "A beleza de ser um eterno aprendiz"", por isso talvez minha vontade de postar algo sobre o tema hoje.
Tenho estado sem motivação para postar mensagens, mas hoje algo se moveu e estou aqui neste momento. Já fui muito fã da expressão "eterno aprendiz", hoje faço uma ressalva ao "eterno"... que esse "eterno" seja enquanto dure nossa ignorância. Se nos pensarmos como "personalidade" é muito saudável a concepção de estar disponível para o aprendizado a cada instante, sempre, eternamente - isso confere ao ego a ideia de limitação que é peculiar a sua natureza. Entretanto é um grande engano falarmos de aprender eternamente quando se trata da essência divina, da verdade do ser.



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Inspiração: "Criando União" de Eva Pierrakos

A personalidade é passageira, tem um prazo de validade e por isso quanto mais disponível à busca da verdade, ao aprendizado e autoconhecimento, melhor. E o Pathwork ensina que "se a vida é uma escola, o relacionamento é uma universidade". Ou seja, relacionar-se proporciona um "nível superior" de conhecimento de si mesmo. Por que?
Se você se abrir para se observar e se perceber nos relacionamentos, vai fazer contato com várias facetas suas antes ignoradas... é muito mais fácil perceber o quanto estamos ativados num modo "projeção automática", quando vamos nos relacionando com os mesmos "problemas" que teimam em existir e se repetir em nossa trajetória, como se houvesse um padrão "nos outros", não em mim. E então, na caminhada da investigação você passa a se reconhecer nesses "outros", reconhecer seus aspectos inconscientes ou subconscientes, tanto positivos, quanto negativos, que andavam atuando dentro e fora de si, sem sua percepção atenta. Então, seu observador vai despertando passo a passo para a verdade da complexidade da personalidade e para o que há de mais simples e puro, além da personalidade, numa camada mais profunda de ser.


Imagem do google
Inspiração: "Criando União" de Eva Pierrakos




sexta-feira, 19 de junho de 2015

E quando você simplesmente vive o momento...

Queridos, quero compartilhar a alegria deste momento. A alegria do encontro com novos reconhecimentos e novas possibilidades. Às vezes acreditamos na aridez do caminho espiritual, por conta dos tantos registros e impressões que teimamos em retroalimentar. Quando ficamos presos a antigas crenças e imagens, deixamos de viver o momento em sua espontaneidade. E quando você simplesmente vive o momento... o que pode acontecer?



Gratidão Mooji!






quinta-feira, 11 de junho de 2015

Esclarecimentos de acesso à Graça

Olha, nem esperei terminar o vídeo e soube que era isso que gostaria de esclarecer. Há muitos caminhos para o despertar da consciência espiritual. Atualmente são muitas oportunidades para que cada um, de acordo com seu nível de interesse, percepção, afinidade e entrega, empreenda sua jornada, abrindo sua mente, coração e visão para experienciar a Graça da Presença/Consciência - Deus. Em minha visão, as diversas possibilidades existem de acordo com os níveis em que vibramos. O que tenho encontrado como ideia comum em Pathwork - Mooji - Eckhart Tolle e Ho'oponopono, é que a "Graça de Deus é", já está disponível e o exercício do estar presente no agora - simplesmente observando e sendo - são as chaves para a percepção desta realidade.





Durante minha caminhada no Pathwork de auto-conhecimento, pude observar e reconhecer meus pontos de fluidez e meus pontos de entraves e vivenciar insights indescritíveis, pela profundidade de abordagem da natureza psiquica com significados espirituais de cada experiência emocional vivenciada. O livro "Limite Zero" traz a ideia de Joe Vitale de que há três etapas no autoconhecimento/consciência: 1ª - Vitimização 2ª - Empoderamento (você é o criador da sua realidade) e a 3ª Entrega (você realmente reconhece o Divino e flui com ele). 

                                                     

O esclarecimento que acabei de ter com a resposta de Mooji nesse vídeo é que se a gente está pronto para se soltar da identidade própria do Eu, ou seja, estar bem mais desprendido de crenças e imagens da mente, mais podemos nos alinhar com a fluidez do Ser, da Unidade, de Deus. Enquanto não estamos prontos, continuemos sutilizando nossa percepção, através da observação, autoconhecimento e... bom, vamos assistir ao vídeo. 


                                                             Amo! 




terça-feira, 2 de junho de 2015

Estou a .... passos do paraíso.

Você não sabe o quanto caminhei pra chegar até aqui. Meu caminho é cada manhã, eu não deixo meus passos no chão. Ando devagar, porque já tive pressa... a hora do encontro é também despedida.
Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião, como faz o velho pescador, quando sabe que é a vez do mar. 




Estou num momento mais silente, vazio, e tenho recebido novas inspirações, que não são novas de verdade... é que estou tendo mais facilidade para internalizá-las agora. Então aproveito a inspiração para compartilhar as fontes desse processo. Aqui abaixo um dos vídeos de Eckhart Tolle, ensinamentos muito semelhantes aos de Mooji. "A Graça de Deus é." (pw 250) Você está a quantos passos da verdade?







quinta-feira, 28 de maio de 2015

O que compartilhar?

Recebi um vídeo por e-mail, e sou muito grata a essa pessoa que não sei exatamente de quem se trata, mas tenho certeza que minha gratidão alcança seu ser. O vídeo é de um Mestre, muitos já o conhecem, mas outros podem estar fazendo contato com seus ensinamentos nesse momento: trata-se de MOOJI.
Fiquei encantada com sua forma simples, amorosa e assertiva de comungar a verdade da Graça.


Cada vez que paro para ouvir seus ensinamentos me sinto tão silenciosa e vazia que me pergunto o que mesmo tenho para compartilhar? Mooji inspira o auto-conhecimento para que possamos perceber a verdade com naturalidade. O observador, uma das ferramentas mais importantes ensinada pelo pathwork, Mooji usa como chave para entrada nesse portal tão acessível a quem quer viver a liberdade. Hoje o que tenho a compartilhar é esse encantamento. Há ensinamentos que percebo virem da verdade, mas minha mente não alcança. Sua sabedoria e amor nos alcança sem esforço.


Há pessoas aqui no Brasil, traduzindo e veiculando suas palestras no youtube. São encontros, chamados de satsangs, que Mooji realiza em diversos países, com sua permissão para filmagem. Há um site www.mooji.com.br e também há diversas palestras no youtube em inglês e em outras línguas. Aqui vai uma degustação... Gratidão, Mooji!





terça-feira, 31 de março de 2015

Deus: mito ou verdade?

Quero iniciar as postagens do ano com um tema vivo em minha experiência. Há muito tempo, procuro conhecer Deus, confirmar Sua existência, entender Sua lógica, sentir Sua Presença. Hoje, depois de muitas experiências, entendo o que religiões e filosofias a que tive acesso, tratam como experiência pessoal com Deus. Deus: Mito ou Verdade? Acredito que a gente só sabe, quando experimenta, vivencia, degusta. Claro que quando ouvimos e nos sintonizamos com as palavras das pessoas queridas mais sábias e iluminadas que já passaram por experiências significativas e nos falam da Verdade, mesmo que não tenhamos lembrança consciente das nossas próprias experiências com Deus, nos conectamos com a Verdade. Mas a mente volta a fazer vários questionamentos e por mais que ouçamos e leiamos, continuamos a dizer não a essa experiência prática pessoal.



Entendo que nossa maior batalha com essa questão não é com Deus e a Verdade de sua Existência e sim com o que acreditamos que possa ser Deus, em nossos conceitos e imagens, que mais dificultam a disponibilidade para a nossa experiência vivencial. Foram muitos séculos de distorções, são muitas imagens míticas a povoar nosso imaginário tanto coletivamente, como individualmente. É preciso disposição para deixar morrer Deus, como o concebemos até aqui e abrir espaço para Sua Manifestação em nossas vidas, como é em verdade.



"Assim como a planta se volta para o sol, os homens se voltam para Deus, muitas vezes tão inconscientemente, como a planta procura por luz e calor. Somente quando vocês tiverem encontrado Deus dentro de vocês mesmos, seus corações estarão tranquilos e sua vida fará sentido com todos os quebra-cabeças que ela representa, porque deixará de ser um ponto de interrogação para você." (pw 028)
O medo que temos de nos abrir para essa experiência, tem por base as ideias, conceitos e imagens quase sempre equivocadas ou no mínimo limitadas. Lembro das vezes em que quis tanto acreditar no que li em algumas das palestras sobre a benignidade da Vida e de Deus e o "querer acreditar" já me sinalizava um grande engano e falta de fé. Quantas vezes achei que era melhor confiar em mim mesma do que em Deus?!



O Guia ensina na palestra 028 que precisamos passar pelo eu inferior para chegar a Deus, que é como cavar sua própria lama, até chegar a seu tesouro. Tenho ouvido muitas palestras de Sri Mooji e é inspirador ouvir suas palavras, ele confirma o que o Guia afirma muitas vezes de que a experiência de Deus está disponível para cada um de nós aqui e agora. Mooji ensina que o garimpo é se permitir estar presente, observando-se, percebendo-se como a Presença Eu Sou, além do corpo, do que penso, do que sinto, do que faço, da imagem que tenho de mim, além da importância que dou a meu eu-ego.



Deus é Verdade e pode ser mito, se você assim preferir. Está em suas mãos se permitir expandir para perceber a verdade até onde quiser, dentro do que lhe é possível. E sempre você pode receber ajuda para estar em Verdade. Você não precisa se contentar apenas com a casca, o fruto é todo seu. É nossa escolha nos restringir à superfície.