quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Criatividade como indicador da liberdade interior





Todos somos criativos. A criatividade é uma qualidade do ser humano. Claro que alguns a expressam melhor em algumas áreas da sua vida do que em outras e isso pode ser um interessante ponto de investigação. Nas áreas em que nos sentimos "livres" a criatividade flui com maior facilidade. Nas áreas em que as regras ou os padrões se tornam uma necessidade muito premente, esse fato pode significar um certo aprisionamento, num sentimento de medo ou insegurança que bloqueiam a criatividade.




"O que pode ser errado para outra pessoa pode ser exatamente a coisa certa para vocês. Porém vocês não o sabem. Vocês acham que têm que agir, pensar, sentir, fazer e se expressar da maneira geralmente prescrita pelo seu meio. Uma das doenças mais comuns da humanidade é sua tendência para generalizar e padronizar. Isso tem efeitos de alcance mais longo do que vocês imaginam. Isto também afeta a psique de vocês ao reprimir o desenvolvimento pessoal, a criatividade e a expressão de vocês. Isso pode manifestar-se como um certo modo de vida que não é sua escolha porque o seu ambiente desaprova aquele que é realmente o seu." (Pw 068)






Muitas vezes não nos damos conta do prejuízo de tentarmos atender a padrões, que não correspondem aos anseios da verdade da alma. E você pode me perguntar, como então, lidar com essa realidade, já que na convivência em sociedade isso é muito comum? É uma boa tarefa mesmo! É poder questionar-se, em primeiro lugar. Perceber que estamos estimulados tanto a atender necessidades reais, quanto necessidades "fabricadas" ou falsas. Aprender a acalmar a mente para ouvir a intuição.




"Na realidade, não apenas não há nada errado com o seu modo. Pode até ser que esse determinado modo de vida seja o que sua alma mais precisa para atingir seu crescimento máximo. Esse modo de vida pode aplicar-se a muitas coisas. Pode significar que vocês reprimam um talento, uma atividade que proporciona à suas almas o máximo desenvolvimento." (Pw 068)


Trechos da palestra Pw 068
Imagens do Google



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Harmonia

Fiz uma conexão com a palestra do Pathwork Pw 005 que relaciona a verdade em seus aspectos relativos e absolutos, conscientes e inconscientes, materiais e espirituais, transitórios e eternos.
Que as palavras abaixo possam preencher nosso íntimo com o alimento essencial disponível.



"Enquanto você simplesmente desejar a sua própria felicidade, portanto não for um elo na corrente, o ego é de fato o centro, mesmo que você não tenha consciência disso. O homem deve primeiro curar as feridas das suas mágoas internas, remover uma casca antes de conseguir realmente ser uma ajuda forte para os outros. Ao dar todos esses passos necessários, o homem se desloca para o lugar certo, e automaticamente se aproxima da harmonia com as leis de Deus."



"A tarefa de cada um pode ser diferente. Tenha confiança que Deus dará o que for mais adequado para você, e assim trará felicidade suprema. Assim você será uma luz, um sinal, um exemplo para os outros, mas isso só pode ser efetivado quando não é voltado para o efeito exterior, mas quando nasce de um desejo interno de andar no caminho da purificação exclusivamente para amar os outros mais completamente, compreendê-los melhor e poder dar-lhes ajuda verdadeira."






"Quem for capaz de despertar esse sentimento Divino em sua alma e cultivá-lo até o fim vai se tornar uma fonte viva, e vai estabelecer um contato carinhoso com o mundo espiritual de Deus. Essa pessoa nunca ficará sozinha, nunca será abandonada, nunca ficará amargurada. Existirão tesouros verdadeiros, incalculáveis, riquezas que ninguém poderá lhe tirar. Deixe-se guiar inteiramente por Deus. Abra-se somente para sua vontade, e então o caminho será mostrado passo a passo."




"Mas antes de poder se dar, você tem que se encontrar. Você não pode dar o que não possui... você sente que não "possui" a si mesmo, na mesma medida em que se sente envergonhado de sua própria imperfeição, emocionalmente... você conquista a si mesmo somente quando é capaz de encarar-se como realmente é, sem resistência, porque somente assim as mudanças e a purificação podem acontecer."



Trechos da Pw 005
Imagens do Google






quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sintetizando-se


"Fazer uma síntese é sempre uma boa forma de facilitar o aprendizado de algum conteúdo. Quando comecei a gostar de explorar meus conteúdos inconscientes percebi a importância da síntese também nessa experiência. Então a dica é: faça um breve levantamento das questões que estão mobilizando suas faculdades nesse momento e objetivamente escreva como está você na vida agora."





“A atitude ideal é combinar o espírito ativo da busca das próprias causas interiores com a atitude descontraída de, no momento, aceitar o indesejado, com a plena compreensão de que a infelicidade, que a própria pessoa gerou, tem valor terapêutico.” (PW 082)


Quando nos movemos nessa busca de forma suave e respeitosa, começamos a experimentar que não há necessidade de sofrer com as circunstâncias desfavoráveis do momento. A dor da limitação momentânea tem o objetivo de nos "despertar" para a falta verdadeira por trás da circunstância aparente. E vivenciar a dor verdadeira libera a compreensão da sua natureza transitória.





No envolvimento com nossos sentimentos e emoções há uma dificuldade natural em sintetizar o momento, porque a identificação com um aspecto dificulta a visão do todo. Então, não é recomendado forçar uma ação nesse sentido. Nesse instante apenas respirar as emoções e os sentimentos e lhes garantir um espaço interno na consciência, talvez seja o suficiente. Depois de uma desidentificação, que acontece com o processo pessoal de auto-observação consciente, ai sim cabe a síntese. A clareza que uma síntese pessoal oferece tem a força de uma flecha que se lança num alvo definido.


“Cada passo que vocês dão em direção a seu interior, gera nova energia.” (PW 195)

Reflexões e Trechos das Pw 082 e 195
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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Alguns aspectos do Amor

Há um capítulo, o de número 16, do livro "O Caminho para o Eu Real", de Eva Pierrakos, que considero fundamental para a compreensão de um dos motivos que nos instiga inconscientemente a repelir o amor. É desse tema que trato nesta postagem. É uma proposta diferente de encararmos o que pode acontecer a qualquer um de nós, no íntimo. E como o próprio Pathwork nos orienta, não tome como verdade... perceba, examine, avalie, convide sua consciência, questione e veja se acontece e como é que acontece na sua experiência pessoal.






"O amor não é um mandamento, e sim a maior de todas as liberdades. É um movimento espontâneo de alma do eu interior e acontece naturalmente, como resultado de determinadas condições da personalidade, como saúde psíquica, entendimento e conceitos interiores corretos e correntes da alma que estão em harmonia com correntes universais." 

Ou seja, a ideia do amor é de um movimento natural espontâneo que acontece como fruto de um bem estar interior da personalidade que apresenta-se em integração com a vida, com seu curso em fluxo.






"Um dos obstáculos fundamentais é a conotação de que amar vai contra o interesse próprio. Isso está implícito no próprio fato de que a religião faz do amor um mandamento, e muitas vezes menciona a esse respeito a importância do sacrifício, do esquecimento de si mesmo. Quando a ideia de que a total negação do eu faz parte do amor se fixa na psique, com a resistência inconsciente ao amor, é impossível que a pessoa não se defenda contra essa expansão do eu."

Quando o amor, em algum lugar dentro de nós, é encarado como uma obrigação, com a ideia de que o "eu" deve ser sacrificado, em nosso íntimo, passamos a lutar contra esse sentimento, contra essa manifestação natural. E muitas vezes a verdade temporária - do não amor -  é sacrificada em nome de uma imagem de amor ao próximo como imposição social. Inconscientemente reforça-se a resistência interna a amar.



Imagens do Google
Trechos do Cap.16 de "O Caminho para o Eu Real"


O Pathwork faz um convite para revermos crenças e imagens relacionadas ao amor, tanto quanto a estarmos atentos a sentimentos e reações emocionais que possam nos impedir de amar.