Etapas para a entrega do Ego ao Eu Real

Há uma caminhada para que possamos aprender a viver a verdade da nossa dimensão Divina no dia a dia, no aqui e agora. Digo e repito VIVER a verdade, porque saber da verdade, no nível mental, é uma coisa, se abrir para experimentar no emocional é outra e vivenciar a integração desses níveis também é outra. Acredito no passo a passo, como o Pathwork nos ensina. O ego é quem pensa, discrimina, decide e age. Se o ego decidiu pelo caminho da consciência, em algum momento vai perceber que faz parte da tarefa, solta-se e entregar-se ao que desconhece e isso parece assustador.

"É extremamente importante entender-se a lei pela qual você tem que atingir um certo estado antes que possa abandoná-lo por um outro mais alto." (Pw 132)

Vamos imaginar querermos chegar no alto de uma montanha para o "salto da  vida". Um ego imaturo, digamos na expectativa de uma criança, deseja o chegar logo, chegar voando, sem esforço e a imaginação a leva longe... poderia ter asas, ou criar um "metrolugar" como diz minha filha - é uma invenção que possibilita você chegar onde quer, só por entrar naquela cabine com a intenção do lugar para onde se quer ir. Na multidimensionalidade do nosso ser há essa possibilidade. Na experiência dessa dimensão, ainda não. Então precisamos lidar com os recursos que há disponíveis agora. Entendo esse "atingir um certo estado antes de deixá-lo por outro", como se dar conta da realidade do momento. Os recursos disponíveis, as dificuldades ou limitações do momento, a consciência do tempo/espaço que experimentamos e que sempre nos inspira algum aprendizado. Para mim é o prazer de viver a subida de cada degrau, reconhecendo onde está e decidindo com consciência o próximo passo para o degrau seguinte.

"Os seus problemas e conflitos sempre resultam ou de um ego muito grande ou pequeno demais" (Pw 132)

Proposta de reflexão:

"Reconheço que não sou tão bom quanto gostaria de ser e esta verdade ainda dói em mim. A dor de achar que sou menos me assusta, então busco o pseudo-prazer de me sentir mais. A culpa que sinto por saber que não estou em verdade faz com que me sinta menos outra vez e volto ao mesmo ponto.

Quero sair deste círculo vicioso e viver uma nova experiência, peço ajuda ao Divino para estar em verdade, reconhecendo minha humanidade, aceitando minhas imperfeições e meus limites. Peço ajuda para reconhecer a liberdade e a força que há em saber que simplesmente sou um ser responsável pelo meu próprio caminho, com tudo o que há nele."

Reflexões e trechos extraídos da Pw 132 - Pathwork

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