terça-feira, 23 de julho de 2013

O ponto de renúncia

O que seria o ponto de renúncia? Trata-se do aspecto que se apresenta no momento como uma necessidade premente. Aquilo que parece ser a única solução possível para seu conflito interno, pode se revelar como esse ponto. Hoje fiz contato com um novo ponto de renúncia. O entendimento.
Tenho sentido um anseio insaciável pelo conhecimento e principalmente pelo entendimento do que está acontecendo comigo nesse momento. Há algo de errado nisso? Não. No entanto, se observarmos a ansiedade que acompanha o anseio, perceberemos que há um "excesso". O que isso significa? 





O anseio por si pode ser saciado em um espaço de tempo e com uma quantidade específica. No entanto a ansiedade fala de uma aflição. E aflição fala de conflito interno. E o que isso nos mostra?
Simplesmente que não estamos satisfeitos no atendimento a esse anseio. Se não há satisfação, de alguma forma nós mesmos estamos contribuindo para isso. Hoje a pista é a respeito do ponto de renúncia. A renúncia aqui diz respeito a "abrir mão de", relacionado a algum aspecto ao qual está imperando um apego inconsciente, que está impedindo a satisfação da nossa necessidade.




Como descobri que meu ponto de renúncia agora é o interesse insaciável pelo entendimento? Comecei a perceber um "tenho que" entender. A expressão "tenho que" fala de uma exigência. Como se eu tivesse que atender a padrões ditados por uma idealização. Esse é nosso real ponto de renúncia. Muitas vezes pensamos que para estarmos satisfeitos em alguma necessidade específica precisamos renunciar a algum bem valioso... por exemplo para ter sucesso em minha carreira vou precisar abrir mão do tempo com a minha família, ou não vou poder investir numa relação amorosa satisfatória. Não. Não é a isso que renunciamos. A renúncia fala de abrir mão de "um padrão de perfeição intangível".





A aflição para a satisfação da necessidade indica uma irrealidade no desejo. Como pode um vaso de barro encher um rio? A quais exigências está tentando atender? A que ideia você está apegado? Qual idealização está ditando as regras? A liberdade de viver o Eu real aparentemente mais limitado do que o Eu idealizado vale a renúncia aos aspectos ilusórios da vida e do eu. (Reflexões tema Pw 094 - Imagens do Google)






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